Além do óbvio

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É decepcionante, na verdade mais que isso é melancólico analisar o desempenho do Brasil nas Olimpíadas e constatar nossa colocação no quadro de medalha.
Nessas olimpíadas deu para perceber a grande diferença entre os esportes já que na seleção olímpica de futebol existem jogadores que ganham milhões e milhões de dólares, enquanto representantes do nosso judô choram e são humilhados por não terdinheiro para pagar o exame de faixa preta.Ver o Galvão Bueno, nas transmissões da Globo, enaltecerdelirantemente "o gênio mágico" do "fenômeno" Phelps, nadadornorte-americano...e não falar no mesmo tom do nosso nadador Cielo,este sim, um fenômeno. Fenômeno porque treinou seis horas por dia nos três últimos anos, numa cidade do interior dos EUA, sustentado pelos próprios pais e pela generosidade de alguns amigos, pois não recebe um auxílio oficial, na verdade a medalha de ouro é dele e não do Brasil, afinal coincidentemente ele mora no Brasil, mas não é apoiado pelo seu país.
Mas na verdade aonde está aplicada a verba que é destinada ao esporte, aonde está o incentivo milionário do governo nos nossos esportistas, querer sediar uma olimpíada nessa situação é uma utopia, já que na verdade nem atletas temos - digo que não temos atletas por que para ser um atleta profissional exige dedicação total de tempo e isso os nossos “atletas” não podem se dar ao luxo, afinal de contas não tem quem os patrocine e ai quem vai pagar as contas no final do mês?
É esporte não é só futebol não Srs. Políticos outras áreas também precisam de investimentos, vamos colocar a mão na consciência e ver que ficar em 23º lugar atrás de países como a Etiópia, Quênia, Jamaica e outros sem nenhuma força política econômica, é vergonhoso.
Só o esporte e a educação tem o poder de revolucionar, e não se espantem pois é isso mesmo que eles fazem – a situação caótica e degradante do Brasil.

Texto: Rafael Lindo