Estive na 13ª Etransport e na 7ª Fetransrio , dois eventos sobre transporte coletivo organizado pela Fetranspor ( Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do RIO), e participei de várias palestras e debates. Mas um tema em especial que foi exposto me chamou a atenção devido ao seu impacto no nosso cotidiano: a legalização do transporte alternativo.
O transporte coletivo no Estado Rio, como em outros estados do Brasil é caótico e com essas brechas o transporte alternativo cresce. Tendo como trunfos uma concorrência desleal com as empresas que pagam impostos e geram empregos formalmente e têm horários e itinerários a cumprir.
Na verdade há espaço para todos, mas desde que todas as partes estejam em pé de igualdade, por isso a importância da legalização do Transporte Alternativo.
A legalização tem que ser feita, afinal de contas existem muitos pais de família, trabalhadores que fazem do transporte alternativo o seu meio de sobrevivência, mas em contrapartida há muitas cooperativas que tem por traz milícias como intuito de controlar comunidades carentes, tendo como pilar importante para isso o transporte alternativo.
O Sr. Amaro João, Secretário de Serviços públicos de Recife, expôs a brilhante atuação da prefeitura de Recife na regularização do transporte alternativo, uma experiência que realmente deu certo.Essa experiência que temos que tomar como exemplo, afinal lá foi feita uma padronização das tarifas, adaptações nos carros registro de todos os motoristas e ainda foi oferecido cursos de capacitação do motorista e investimento em infra-estrutura.
O Rio não tem nenhum projeto de desenvolvimento e implantação da legalização do transporte alternativo e nem do transporte legal, afinal não se tem 1 km de vias exclusivas para coletivos, há dezenas de anos não são feitos investimentos em vias publicas. Esses investimentos são fundamentais para o desenvolvimento das áreas mais carentes, além no acréscimo da qualidade de vida dos usuários.
O Sr. Rogério Onofre - Presidente do Detro, que estava presente, não apresentou nenhuma política concreta para a legalização do transporte alternativo ao contrário, fez inúmeras criticas ao governo anterior. Esqueceu que nos últimos 8 anos quem governou foi o partido do atual governador.
E com essa indecisão e falta de projetos para uma área tão importante o Rio fica estagnado e isso reflete em toda a população, pois sem um desenvolvimento do sistema de transporte, não há um desenvolvimento econômico do Estado.
O Governo Estadual do Rio tem que colocar em pratica uma política publica que una o transporte legal e o alternativo, além de fazer investimentos em infra-estruturas. Mas isso é esquecido afinal o que ganha eleição não são políticas de desenvolvimento e sim políticas populistas. Um alerta aos governantes que tem essa visão: O pensamento do eleitor do Rio esta mudando.
Texto: Rafael Lindo