Uma eleição histórica nos Estados Unidos, que repercutiu por todo o mundo, Barack Obama é o primeiro presidente negro da América. Essa eleição encheu de orgulho não só as classes sociais rejeitadas da América e sim de todo o mundo, inclusive no Brasil. É comum ver as pessoas gritando o nome do Obama, ver jogadores famosos sendo apelidados (ex. BARACK OBINA, apelido dado a Obina jogador do Flamengo), enfim a onda Obama que varreu não só a América mas sim o mundo. Mas o que não é muito comentado são os riscos que a eleição do Obama representa a países produtores de petróleo, entre eles o Brasil.
Sem querer elevar a um discurso antiamericano é sabido que a principal causa da guerra no oriente é por causa do petróleo para diminuir a dependência que os Estados Unidos têm, eles são o maior consumidor de petróleo do mundo, são 70,2 barris/dia por cada mil americanos.
Com propostas diferentes das de Bush, Barack Obama que prega o socialismo ao invés do consumismo, tem em seu programa de governo a diminuição de 20% do consumo de petróleo da América. Essa atitude fará com que o preço do barril do petróleo naufrague. E o Brasil tem a projeção de ter o petróleo como pilar principal da sua economia daqui a 20 anos, junto a alimentos e grãos. Essa política de diminuição do petróleo apresentaria uma recessão na economia brasileira.
Não estou querendo aqui ser defensor ferrenho do consumismo do petróleo. O discurso de Barck Obama é interessante, inteligente e inovador e se as promessas de governo forem postas em prática o meio ambiente ganhará muito, sem contar com a redenção da imagem dos Estados Unidos, mas para o Brasil não estagnar a sua economia terá que fazer mudanças.
O Brasil tem feito investimentos em larga escala em fontes de energia alternativa como o caso do Biodiesel e o etanol, mas ainda não tem capacidade produtiva para suprir essa eventual demanda.
Por esses fatores o Governo Brasileiro já tem que começar a tomar medidas e rever seu planejamento estratégico para o petróleo, diversificar os produtos da Petrobras e acelerar ao máximo as pesquisas e investimentos para o Etanol e o Biodiesel, para que o sonho americano não vire o pesadelo brasileiro.
Texto: Rafael Lindo