Além do óbvio

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No Rio de Janeiro a disputa de quem iria enfrentar o candidato do PMDB, Eduardo Paes no segundo turno foi acirrada, nos últimos dias se destacaram Fernando Gabeira, do PV, e Marcelo Crivella, do PRB, diga-se Igreja Universal, ambos com chances de chegar ao segundo turno.
Nos últimos dias Fernando Gabeira, recebeu forte apoio de vários artistas, entre eles muitos globais e grandes nomes da MPB o que alavancou a sua campanha, daí a única pergunta sensata da cobertura do CQC ao Gabeira, nas eleições municipais do Rio:
CQC: “– Gabeira a cultura venceu a fé?”.
Gabeira: “- Sim”, um tanto seco mas não eufórico, pois sabe que terá que vencer mais coisas além da Universal.
Na verdade a igreja Universal manipula, claramente os votos dos seus fieis fazendo assim um curral de eleitores ou o chamado “voto disciplinado”, indicando nos púlpitos das igrejas os seus candidatos, chegando ao ponto de incutir a mentalidade “ Se não votar em A ou B, você estará pecando, será desobediente e poderá ir para o inferno”.
Mas dessa vez mesmo com a força da igreja Universal o Crivella patinou, pois muitos eleitores seja de qualquer religião, até mesmo a do Crivella, não vêem com bons olhos esse discurso feito pela Universal.
O que ocorreu nessa eleição foi que o Gabeira conseguiu convencer eleitores religiosos que já não tem mais aquela mentalidade de que “irmão vota em irmão”, mas agora estão com a mentalidade de “irmão vota em gente séria, seja lá qual for a religião”, e o Crivella para conseguir ganhar alguma coisa no Rio, de hoje em diante, tem que sair desse tom e começar a apresentar propostas sérias e coerentes. A cultura não venceu a fé e sim venceu um pensamento ultrapassado e retrógado de pessoas que tentam manipular as pessoas através da fé, não em Deus mais sim nelas mesmas.