Além do óbvio

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"Nem tudo o que reluz é ouro", esse é um sábio ditado popular que se enquadra perfeitamente no caso Álvaro Lins. Ainda como chefe da Polícia Civil no governo Rosinha Matheus (PMDB), ele esteve na universidade onde estudo e fiquei impressionado com a sua postura e com uma palestra impecável, fiquei muito admirado e essa postura veio a contribuir para aquela imagem de seriedade onde ele aparecia nas entrevistas de TV e rádio.
Durante muito tempo ele foi exemplo de seriedade e de honestidade, tinha um nome forte e sério e esse fator contribuiu para uma boa imagem da policia civil.
Mas depois de uma bela campanha e de ser eleito com 108.652 votos começou a estourar um escândalo atrás do outro como: crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e formação de quadrilha armada. A polícia também investiga seu envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.
E por esses crimes no dia 12 de agosto de 2008 em votação apertada - em que apenas um voto garantiria o mandato - o deputado Álvaro Lins (PMDB) e ex-chefe da Polícia Civil foi cassado por quebra de decoro. Foram 36 votos a favor da cassação, 24 contra e 3 abstenções. Contrariando todas as previsões que davam como quase certa a absolvição do parlamentar, 63 dos 70 deputados da Alerj compareceram à sessão e decidiram por caçá-lo.
Como ele não tinha mais o escudo que é a imunidade parlamentar, resolveu ficar foragido, mas se entregou na Polinter na Zona Portuária do Rio, por volta das 22h15 desta terça-feira (19). Mas ele vai recorrer para anular a votação que retirou o seu mandato, pois a sua defesa alega que um dos deputados votou de forma irregular, já que teria mudado de partido.
É vergonhoso e mais que isso desesperançoso o modo que é feita a política no Brasil, afinal de contas ele tinha tudo para ser um espelho para novos políticos e poderia ajudar a mudar o conceito que muitos tem sobre a política, mas ao contrário com isso a teoria de que está tudo perdido ganha mais um argumento : o argumento Álvaro Lins, que tinha tudo para fazer uma carreira brilhante e promissora, antes decepcionou os seus 108.652 eleitores e o pior uma grande parte da população que mesmo não votando nele acreditava em suas propostas idéias e por incrível que pareça na sua postura.

Mas ainda prefiro acreditar que nem tudo está perdido, prefiro acreditar como empreendedor que o Lins foi um empreendimento que não deu certo, mas para chegarmos ao nível merecido precisamos continuar investindo, vai que um dia dá certo.



Texto: Rafael Lindo


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