Segundo Roberto Jefferson, o partido pretende ser uma alternativa nas eleições presidenciais. Mas o que na verdade mais parece ser "o troco" do Roberto Jefferson pelo escândalo do mensalão que o cassou, tornando a sucessão de algum companheiro de Lula mais complicada com um nome a mais na corrida presidencial.
Especula-se que Collor teria 15% dos votos no inicio da campanha e com o discurso da instituição do parlamentarismo cresceria e embolaria a eleição, que antes era polarizada entre PT e PSDB. Collor pretende ao levantar a bandeira do parlamentarismo para tentar repetir o feito que o levou a presidência em 1989, naquele ano o discurso foi o do combate e caças aos marajás. Essa imagem de "caça marajás" foi fabricada para tentar ganhar carisma e simpatia das classes sociais mais baixas, que tem maior parte do eleitorado. Deu certo, venderam na pessoa do Collor o sonho que o brasileiro queria comprar.
E será essa a estratégia do Collor e do Roberto Jefferson, pregaram que o regime presidencialista brasileiro é sinônimo de crise e que só o Collor com o seu parlamentarismo poderá resolver todos os problemas de corrupção que está empregando na política brasileira. Mas curiosamente Roberto Jefferson e Collor se esquecem que os dois já foram envolvidos em escândalos de corrupção com grande repercução nacional e internacional.
Mas eles têm na frente um grande obstáculo: A rejeição de grande parte do eleitorado será contra ele. Para isso eles contam com a curta memória dos eleitores brasileiros, eleitores esses que já elegeram Collor senador em 2006 com 44 % dos votos.
Texto: Rafael Lindo